O Diabo

A carta O Diabo retrata um Sátiro, uma criatura metade homem metade bode, dançando ao som da música que toca com sua flauta Siringe. Na mitologia o bode era associado à depravação e à sujeira, e era considerado um animal lascivo e desprezível. Mas o bode também simboliza o bode expiatório, a pessoa sobre a qual os outros projetam o lado sombrio de si mesmos para se sentirem mais limpos e moralistas. Por isso Pan, o Diabo, é o bode expiatório que escolhemos para culpar por nossos problemas na vida. A caverna escura e sem porta indica que Pan, o Diabo, mora nos domínios mais inacessíveis do inconsciente e somente a força de uma crise pode adentrar sua câmara secreta. As figuras que dançam estariam livres, se quisessem, para tirar as correntes, pois suas mãos não estão amarradas. A sujeição ao Diabo é um assunto voluntário que a consciência pode libertar. Esta carta implica bloqueios e inibições geralmente sexuais, que surgem pela falta de compreensão do próprio corpo e do sexo como um todo. No sentido divinatório, a carta O Diabo significa a necessidade de um confronto com tudo que na personalidade seja sombrio, vergonhoso e inferior. O Diabo pede a libertação e aceitação do que é simples e natural: o sexo e o corpo.

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